domingo, 24 de janeiro de 2021

Senta que lá vem história...

Aldo - Um menino especial e um tanto “genial”

Leila Lima Moreira

Eu vou falar de um garoto, um como qualquer outro, mas que é bem especial. O Aldo como você já sabe é um menino genial.
Certo dia, o Aldo fez uma coisa sem igual, disse pra todo mundo que era um menino especial. Mas, isso todos já sabiam e até já havia quem dizia que ele era o “Aldo genial”.
Quando estava na rua à tardinha, ele aprontava com toda a turminha. Todo mundo ria dele, pois o Aldo só vivia de caçar briga na rua e essas brigas ninguém entendia.
Estavam todos ali brincando e de repente o Aldo dizia:
- Vamos acabar com a brincadeira que a bola é só minha.
E não tinha jeito não, o Aldo se zangava e ai de quem falasse, ele abria logo o bocão:
- Eu já disse a bola é minha, e eu não vou brincar mais não.
Aldo é muito genial, porque no convívio com os outros encontrou um jeito novo pra falar com o pessoal. Dizem até que o Aldo tem talento sem igual, até podia ser o Aurélio no seu jeito genial.
Outro dia de manhã, Aldo saia pra escola levado pela sua irmã. Foi quando avistou uma garota que lhe fez tremer a boca e falar palavras loucas para a menina encanta. Como se já a conhecesse, Aldo atravessou a rua e disse:
- Tremeluqueiro do meu coração! 
Todos ao redor deram risada, mas o Aldo e a menina não. Ela se virou para ele com um sorriso e disse:
- Que fofo esse seu jeitão!
Aldo todo encantado, se viu agora apaixonado e novamente abriu seu coração.
- Camuluvelho ao seu lado meu amor. 
A menina nada entendia, mas dessa vez até que sorria só pra esconder a vergonha que o Aldo lhe fazia.
Aldo o “genial” estuda numa escola, dita escola normal. Tinham assuntos que aprendia, outros o Aldo não entendia. Mas, nos estudos não ia mal.
Algumas letras Aldo já conhecia e outras que ele ainda não fazia. Ele desenhava, pintava, cortava, colava, contava, até os números falava.  As operações Aldo não resolvia, para fazer ele usava tampinhas. A escola para Aldo era um lugar de fantasia.
Em sua família todos falavam que ele sempre venceria, é por isso que o Aldo vivia com tanta alegria.
Diferente ele era sim, mas também quem é igual!? Um menino “genial”, afetuoso, coisa e tal. E para terminar dizendo, ele é ESPECIAL!

Significado das palavras usadas pelo Aldo – segundo o Aldo.
Tremeluqueiro – amorzinho

Camuluvelho – quero viver

Como tem que ser...poesia!

 Há quem diga da Gabi


É verdade que a Gabi
é uma menina faceira,
Que bobagem que asneira
a Gabi é só feliz.

Vai pra festa e se encanta
até com um olhar de uma criança,
E ainda há quem diz
Que Gabi é só feliz.

Ela ao falar demonstra
no seu jeito de criança
que aprende quando dança
A Gabi é bem feliz.

A cada nova descoberta
Ela dá a palavra certa
No seu jeito de aprendiz.
 E ainda, há quem diga ... você já sabe,
A Gabi ela é feliz.

Para entender melhor essa menina,
Aproveita então essa rima
Que diz tudo da Gabi,
Tem um jeito especial e faz tudo sem igual

Há quem diga da Gabi
Que ela é muito genial
Mas pra mim essa menina
É verdadeiramente ESPECIAL.
                                                        

Leila Lima Moreira

Feliz de quem lê!

 Feliz aprende a escrever

Leila Lima Moreira




Essa história aconteceu com um menino no período escolar de sua alfabetização. Não é história de rir, mas também não precisa chorar não. É a história do Feliz na sua alfabetização.

Feliz era um menino que como outro qualquer, adorava brincar e fazer molecagem. Dizia pra todo mundo, que já sabia ler e escrever e quando uma imagem ele via danava-se a dizer:

- Aquilo ali eu já sei ler!

E lia bem assim ele dizia. Quem o duvidasse, já ia comentando o que via.

Era fácil pra o Feliz ler as palavrinhas, pois ele esperto como era, não lia as palavras, lia o que via.

Certo dia, na escolinha o Feliz foi apresentado à primeira das letrinhas. A professora no quadro fez a letra bemmmm redondinha. O Feliz ficou olhando e acreditou que logo faria. Segurou firme o lápis, pôs abaixo uma paginazinha e como se fosse tão fácil desenhou a tal letrinha.

A professora andou, andou e a todos ela olhou. Quando chegou na sua carteira a professora berrou:

O que é isso menino? Sua letra esta um terror!

Feliz não teve dúvida, naquela infeliz hora, chorou. A professora despreocupada alertou ao jovenzinho que ele teria mais uma chance pra fazer tudo sozinho.

Feliz recolheu sua lágrima e mais uma vez tentou, tentou, tentou. Mas, coitado do Feliz de nada adiantou. Fazia tudo quanto era letra, risco, rabisco mas não saia nem um “azinho”. Decidido a aprender foi pra casa em busca do A, todos que via ele repetia e até dizia:

-Letrinha A. Letrinha A.

Numa conversa em casa Feliz perguntou ao irmão:

- Como posso fazer o sem errá-lo?

Seu irmão muito esperto ajudou o Feliz a entender.

- Você abre bem a boca e fecha em seguida, pronto já esta feita a barriga.

- E a perninha do A? – quis saber o Feliz.

- Aquilo não é perninha. É um sorriso que diz, Sou o A e sou Feliz!


Tudo ficou mais fácil, Feliz não pôde negar, se o eu mesmo faço, vou me alfabetizar.

Lendo com o Mestre


A leitura faz a gente viajar!

 A linda amizade do menino e o bem-te-vi

Leila Lima Moreira

Essa é a história de amizade entre um menino e o bem-te-vi. Ou entre um bem-te-vi e um menino? Bem, a verdade verdadeira era que o menino acreditava falar com um bem-te-vi, e afirmava que este seu fiel amigo lhe ouvia e respondia sempre com muita alegria.

Dia de sol, ou até mesmo de chuva, o menino logo vinha e em companhia do bem-te-vi que lhe dizia:

- BEM-TE-VI, BEM-TE-VI

Ao que o menino respondia:

- Eu te vi também! Eu te vi também!

E nessa linda amizade, feita com sinceridade do menino com o passarinho, os dias iam se passando e menino sempre falando:

- Sou amigo de um passarinho.

Até um dia, sem explicação, o bem-te-vi veio, mas o menino não. Ainda que desse voltas em torno daquele jardim, por mais que procurasse o menino não estava ali.

Como podia aquilo, visto que para o menino e o passarinho nenhum dos dois podiam ficar sozinhos. O bem-te-vi então partiu, deixando o menino sozinho. Agora ele podia, brincar, falar e cantar sozinho, simplesmente sozinho.

Do outro lado do muro um menino espiava tudo, notou que o passarinho já não vinha mais ver seu amiguinho e que isso lhe causava solidão, tristeza e mansidão. Ele vestiu sua capa de chuva e no meio de tanta emoção imitou o bem-te-vi com força no coração:

-  BEM-TE-VI! BEM-TE-VI!

O menino olhou para o lado e com um sorriso nos lábios  falou:

- Eu te vi também! Eu te vi também!

E mesmo ainda lembrando do seu Bem-te-vi amigo, o menino entendeu que não poderia ficar sem ter ninguém pra brincar. E onde quer que estivesse o seu amigo passarinho, ele ficaria feliz em saber que o menino não ficou sozinho.

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Hora da história!

 CAMINHOS DO CORAÇÃO        

Leila Lima Moreira

Resultado de imagem para desenho com caminhos do coração

Eu vou contar pra vocês a história de um coração alegre e apaixonado que queria poder ir a uma escola para aprender a ler e fazer muitos amigos.
Certo dia, o coraçãozinho decidiu que iria procurar um caminho que o levasse até uma escola de verdade, onde ele pudesse realizar o seu grande sonho. Colocou –se então a caminhar por um jardim cheio de lindas flores, coloridas e perfumadas. A cada uma delas ele dava um lindo nome. Até que encontrou uma flor que lhe respondeu dizendo:
- Um coração sorrateiro, alegre, vivo e guerreiro. Seu sonho vai conquistar. Em uma escola você vai estudar.
O coração levou um susto ao ver uma flor falar. E sem que lhe dissesse nada a flor lhe alertou. Ele seguiu persistente e agradeceu à flor bem contente.
Ao seguir o seu caminho, o coraçãozinho logo avistou uma linda borboleta que em sua mão pousou e falou:
_Onde vai coraçãozinho, seguindo por este caminho?
_Estou atrás do meu sonho.
_ E qual o seu sonho?
_ Quero ter meu primeiro dia de aula. Quero aprender a ler e fazer muitos amigos.
_ Conheço alguém que pode lhe ajudar, ele vive nas escolas e está em todo lugar. Vamos lá?
Naquele momento, o coraçãozinho não teve dúvida, finalmente iria entrar numa escola pela primeira vez.
Seguiu a borboleta e chegaram a um lugar encantador, suas paredes eram coloridas e na chegada havia uma pessoa que os recebiam com alegria e amor. Foi então que percebeu que estava em uma escola. O coração não se contentava de tanta emoção. A borboleta chamou o livro para fazer uma apresentação. O livro apresentou aquele lugar e sem querer parar de falar perguntou o que fez ele chegar lá.
O coração sorridente olhou o livro todo contente e disse com emoção:
_ Eu vim aprender, por que não?

Sejam todos bem vindos ao mundo da imaginação!